|:| Corpus Compartilhado Diacrônico: cartas pessoais brasileiras

|:| Célia Lopes {celiar.s.lopes@gmail.com} e Silvia Cavalcante {silviare@gmail.com}



|:| Carta 31-MJ-16-02-1937

|:| Autor: Maria Ribeiro da Costa

|:| Destinatário: Jayme O. Saraiva

|:| Data: 16 de fevereiro de 1937

|:| Versão modernizada

|:| Encoding: UTF-8



Petropolis – 16 - 2 - 1937



Meu eterno noivinho saudades Espero que ao receberes esta estejas passando bem , de saúde e que os teus pais estejam mais calmos com você , eu vou bem , estou com um abcesso no dente estou com o rosto muito inchado mais isto passa até sábado se Deus quiser . recebi a tua carta do dia 15 no dia 16 de manhã fiquei muito contente de ter notícias tuas , e de chegar depressa a carta . eu fiquei triste de você não me mandar dizer o que fizeste no Domingo . O teu tio [E.] perguntou ao [M.] se você tinha brincado comigo no carnaval ele disse que não , a té ele



anda nos perseguindo eu acho que ele devia olhar para a noiva dele e já não era pouco , eu entrego isto tudo a Deus , a [T.] pediu para ir na minha casa no Domingo o meu irmão [Z.] disse que eu estava em Petrópolis ela dice que não fazia mal que ela queria fazer uma visita a minha mãe mais ele dice que não ia como não forão , eu acho que isto foi ma- ndado de algem que ela estava muito interessada . Eu te peço que no sábado não faças como da quela vez que nós cobinamos eu deve de chegar antes das 6 horas se Deus quiser . Eu estou esperando a outra carta



[pag]



que me prometeste , vê se podes me arranjar uma pena que a quela que tu me deste está muito aberta . Estes dias tenho andado muito triste não sei por que tenho sonhado muito com os teus pais e com você eu acho que e por causa de tanto disse me disse . Eu peço-te para fazeres as pazes com os teus pais . Desta tua apaixonada noivinha muitos beijos e abraços ao meu querido noivinho e a té sábado [M.]



[ ↑ ] eu te peço para não estar com muita pressa no sábado eu tenho que chegar em casa as 9 : 1 / 2 horas para não desconfiarem mais beijinhos para o meu filhinho [J.] [M.] não repare esta carta que eu não sei escrever [ ↑ ]